Virada Cine Gastronômica - do dia 15 para o dia 16/05 - Cine Belas Artes


Garfo, faca, ação!

Uma madrugada inteira

recheada de filmes

de dar água na boca!

Entre uma história e outra,

uma saborosa degustação com pratos baseados nos filmes.



A Virada Cinegastronômica começou em 2008, quando promoveu a premiere fusion entre duas grandes artes: cinema e gastronomia. O evento funciona como uma maratona que atravessa a madrugada intercalando filmes temáticos e intervalos degustativos. E assim, de uma sessão para outra, a história começaria para olhos e ouvidos e continuaria sendo contada para o olfato e o paladar.

O Cine Belas Artes abrirá suas portas às 23h do dia 15 de maio, onde os participantes serão recepcionados por uma degustação-surpresa de nossos patrocinadores. No ano passado, tivemos penne frito com açúcar e canela.

À meia-noite teremos as primeiras películas, seguidas de pratos quentes nelas inspiradas. Por volta das 3h teremos a exibição do filme Doce de Coco, com presença do diretor Penna Filho e preparação ao vivo de uma degustação muito especial pelas mãos da atriz Rachel Ripani. Finalmente, a última sessão, seguida do café da manhã.

O evento já gera expectativa nas mídias sociais e vale ressaltar que para participar é preciso planejamento, já que os ingressos se esgotam poucas horas após a abertura da bilheteria.

Abaixo mais informações sobre os filmes:




DOCE DE COCO


Brasil, 2009, cor, 100 minutos, 12 anos.

Direção: Penna Filho

Elenco: Antonella Batista, Hélio Cícero e Maria Carolina Vieira.




Comédia sobre Madalena, uma sacoleira, e seu marido Santinho, artesão sacro, num momento em que a crise econômica do país abala também as finanças da família.

Para sair dessa difícil situação, o casal apela para apostas na loteria, até que a mulher tem um sonho fantástico: a existência de um tesouro enterrado no cemitério da pequena cidade em que vive. O problema é desenterrar o tal tesouro, tarefa que Santinho resiste em participar até ser chantageado por Madalena, que ameaça nunca mais fazer doce de coco, uma das coisas que ele mais ama na vida.




ÍNDIA, O AMOR E OUTRAS DELÍCIAS (Nina's Heavenly Delights)

Inglaterra, 2006, cor, 94 min., 14 anos.

Direção: Prathiba Parmar

Elenco: Shelley Conn , Laura Fraser e Ronny Jhutti.




Uma garota indo-escocesa está em dúvida se deseja herdar o restaurante indiano da família. Um dia ela reencontra um velho amigo, que agora se transformou em drag queen, e ele a incentiva a enfrentar a jovem sócia do estabelecimento. Decidida a mostrar que é uma grande chef, ela inscreve o restaurante em um concurso culinário de receitas com curry. Só que, em meio ao trabalho, descobre que está apaixonada pela sócia.



JULIE & JULIA (Julie & Julia)

EUA, 2010, cor, 123 min., 12 anos.

Direção: Nora Ephron

Elenco: Meryl Streep, Amy Adams e Stanley Tucci.





Baseado em duas histórias reais, vividas pelas americanas Julie Powell e Julia Child, o filme intercala as experiências de duas mulheres que, apesar de separadas pelo tempo e pelo espaço estão ambas perdidas, até descobrirem que com a combinação certa de paixão, coragem e manteiga, tudo é possível.





TÁ CHOVENDO HAMBURGUER (Cloudy with a Chance of Meatballs)

EUA, cor, 95 min., livre, dublado.

Direção: Phil Lord e Chris Miller





Esta animação conta a história de um cientista com ótimas intenções que tenta acabar com a fome no mundo. Tudo parece perfeito, até que em sua pequena cidade começa a chover sopa, nevar purê de batatas e vem uma tempestade de hambúrgueres. O cientista só não imaginava que isso iria causar um problema de proporções globais.



O SABOR DA MELANCIA (The Wayward Cloud / Tian Bian Yi Duo Yun)

França/Taiwan, 2004, cor, 112 min., 18 anos.

Direção: Tsai Ming-Liang

Elenco: Lee Kang-sheng, Chen Shiang-chyi e Lu Yi-Ching.




De volta de uma viagem à França, uma jovem chega a Taiwan e descobre que o local onde marcou encontro com um vendedor de relógios foi destruído. Nessa mesma época, a região sofre uma terrível falta de chuva, o que obriga as pessoas a consumirem água em banheiros públicos ou matar a sede com suco de melancia. Um dia, a garota e o vendedor se encontram por acaso em um parque e iniciam um romance. Mas o que ela não sabe é que ele agora atua como ator pornô em produções filmadas perto de sua casa.




AMORES EXPRESSOS (Chungking Express)

Hong-Kong, 1994, cor, 102 min., 14 anos.

Direção: Wong Kar-Wai

Elenco: Tony Leung, Takeshi Kaneshiro e Brigitte Lin.




Uma mulher, de peruca loura e óculos escuros, tenta encontrar um grupo de indianos em um hotel em Hong-Kong para contrabandear drogas. Assim, ela conhece um policial que foi abandonado pela namorada e por isso passa a consumir latas de abacaxi em calda. Mas para ele só interessam latas com validade prestes a expirar, pois acredita que o fim das relações acontece de maneira parecida. Numa segunda história, outro policial que levou um fora da namorada, compra sempre o mesmo tipo de salada numa loja de conveniências, cuja garçonete é apaixonada por ele.

Estréia dia 14 de Maio nos cinemas


A estréia nos cinemas será no Cine Belas Artes, em São Paulo, no dia 14 de Maio

e o filme começa também a integrar o projeto Vá ao Cinema da Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo com a primeira exibição na cidade de Monte Alto (interior de São Paulo) no mesmo dia.

O Cine Monte Alto fica na Praça Centenário na Vila Municipal, na cidade de Monte Alto.

A distribuição será pela Vitrine Filmes.

Trailer

Comentários do Diretor Penna Filho

A idéia do filme surgiu na fase em que eu buscava uma linha mais autoral, depois de me submeter a tantos trabalhos de encomenda, filmes de produtor da “boca do lixo paulista”, como se chamava a região da cidade de São Paulo que concentrava produtoras e distribuidoras. Mas sua realização tornou-se inviável a partir do que aconteceu com o filme “O diabo tem mil chifres’, que escrevi e dirigi em 1970, onde eu introduzi referências ao momento político que atravessávamos. Com a censura forte, a exemplo de outros realizadores, servi-me de metáforas e simbolismos. O filme caiu nas malhas da censura e eu fiquei sem trabalho, pois o núcleo de produtores ao qual estava ligado não tinha interesse em discutir política e a nossa realidade.

Se extraísse todas as referências políticas e sociais até poderia ter feito o filme ainda nos anos 70, mas não tinha mais disposição para fazer concessões e preferi me dedicar ao tele-jornalismo.

A diferença para o projeto original está na liberdade de expressão de hoje. Então, me foi possível fazer a comédia de fundo social que pretendia, com todas as referências políticas e ideológicas aparecendo de forma clara e não mais por intermédio de metáforas e simbolismos.

Sem pretensão, o filme procura retratar o Brasil de hoje, com uma proposta de reflexão pelos efeitos perversos da ditadura militar. Nesse cenário, acompanhamos uma pequena família em sua brava luta pela sobrevivência, sem perder a capacidade de sonhar com dias melhores e uma sociedade mais justa.

Por fim, o filme somente se viabilizou graças ao prêmio concedido pelo edital de longa-metragem promovido pelo Governo de Santa Catarina.

A Distribuidora

A Vitrine Filmes (www.vitrinefilmes.com.br)tem o prazer de lançar nas salas de cinema o filme Doce de Coco.

Através desse blog, avisaremos quais as cidades, salas e horários que o filme poderá ser visto.

A estréia na cidade de São Paulo será no dia 14 de maio, e já temos confirmado, por enquanto, o cinema Belas Artes, um dos cinemas mais tradicionais de São Paulo, que fica na esquina da Av. Paulista com a Consolação.

Se você estiver muito ansioso para ver o filme, já pode se programar para ir na pré-estréia, que acontecerá no dia 8 de maio, também no Cinema Belas Artes (o horário será divulgado em breve).

Até mais!

Comentário dos atores

Hélio Cícero (Santinho, marido da sacoleira)
Foram dois meses em família. O Penna colocou todo mundo pra trabalhar: esposa, filhas, genro, netos e primas. Foi muito divertido e acredito que essa atmosfera foi passada para o filme.

Durante o ano de 2007 acompanhei as versões do roteiro e a pré-produção, até ser chamado para as filmagens. Fui acomodado no Museu Assoriano no Ribeirão da Ilha, de frente para o mar, na companhia das gaivotas e dos catadores de ostras. Lá foi construído o atelier do Santinho, meu personagem.

O mais inusitado era o escultor local que me ensinou a esculpir madeira, pois morava dentro de uma Kombi.

Claro que não posso esquecer do doce de coco – receita da esposa do Penna – que até hoje me deixa com água na boca só de lembrar.

Quando faremos o próximo filme?


Antonella Batista
(Madalena, a sacoleira)
Deveria fazer uma ponta, de apenas um dia de trabalho, mas acabei como protagonista. Penna estava com Totia Meirelles na cabeça e testava outras atrizes. Foi um parto, mas consegui convencê-lo. Minha experiência foi ótima e fazer cinema é muito bom!

Gil Guzzo (Salvador, o fotógrafo "lambe-lambe")
Trabalhar no filme do Penna foi uma dupola alegria. Primeiro, porque estava recém-chegado a Florianópolis e tive o privilégio de fazer um longa que conta uma história singular repleta de poesia cotidiana. E segundo porque me surpreendi com o profissionalismo e comnpetência do cinema catarinense, principalmente por ter vindo do mercado do eixo Rio-São Paulo.

Édio Nunes (Padre Samuel)
Foi rica a experiência de participar do "Doce". Revi parceiros de teatro e cinema, conheci novos companheiros(as) e retornei a vivência de filmar com Penna Filho. O resultado da produção fica a critério e julgamento dos espectadores, mas, sem dúvida, enriqueci minha carreira de ator.


Maria Carolina Vieira(Imaculada)
O "Doce" foi a minha primeira experiência em cinema. Tudo era novo e muito instigante pra mim: o que é o cinema e como funciona, comparando e diferenciando do teatro de da dança que compunham a minha experiência até então. Fazer o filme foi como visitar pela primeira vez um lugar, observando atentamente seu funcionamento e admirando suas peculiaridades. Foi fundamental ser recebida com delicadeza e atenção por aqueles que já fazem parte dele, acreditam e trabalham por sua existência (e olha que não é fácil fazer tudo funcionar com maestria!). Vi o quanto é complexo e bonito o trabalho de todos e, mesmo na minha inexperiência, pude sertir uma vontade verdadeira de estar ali, no meio daquelas pessoas, máquinas, equipamentos, locações e querer fazer mais. Em resumo, me apaixonei pelo cinema. Penso que aprendi muito mais do que fiz. Foi sem dúvida um grande impulso para aprender mais, trabalhando mais, nessa linguagem. Um momento marcante pra mim como atriz foi quando, no meio de uma atuação em silêncio, percebi o barulho da película queimando.

Giovana Silva (Evangélica)
Fazer parte do Doce de Coco foi como um sonho bom, com começo feliz e final melhor ainda. Eu estava interpretando uma evangélica no teatro e tive a honra de ter o Penna Filho na platéia. Alguns dias depois, veio o convite para viver novamente uma evangélica, mas desta vez no cinema! Na hora topei participar da produção, antes mesmo de ler o texto. E quando o Penna me mostrou o que havia escrito para a personagem (ele chegou até mesmo a compor uma pequena canção que eu canto no filme!) fiquei completamente apaixonada pelo projeto. O roteiro tem um humor inteligente; a equipe técnica é formada por profissionais experientes; sem falar das locações belíssimas, todas na Grande Florianópolis (um cenário ainda pouco explorado pelas produções nacionais). Enfim, só posso agradecer pela oportunidade e dizer que foi uma délícia atuar ao lado de muitos dos melhores artistas catarinenses da atualidade e sob a supervisão atenta e competente do Penna.

Comentários da equipe

Guido Zandonai (produtor executivo)
Quando vamos ao cinema assistir um filme por mero entretenimento ou pela dramaticidade do roteiro, muitas vezes ou quase sempre, não nos damos conta de tudo que foi produzido para que possamos sair do cinema chorando ou rindo.

Fui responsável pela produção executiva do Doce de Coco, o cara que quase não aparece no set de filmagens, mas que quando aparece traz consigo aquela pasta cheia de notas fiscais, recibos e contratos.

Este é o meu quarto trabalho com o Penna Filho, me sinto muito contente e orgulhoso de participar com ele desta grande aventura que é fazer cinema no Brasil. Produção executiva=ficar dentro do orçamento! Quantas vezes durante a pré-produçao o veterano Penna, com toda a sua experência, me dizia "Guido, lembra do Mazzaropi, olha o orçamento! Não desperdiça.." Com um pouco desta filosofia na cabeça que produzimos o Doce de Coco em 35mm, um milagre para muitos.

A estratégia principal foi a de concentrar as locações, reproduzir e criar os diferentes ambientes em um só lugar. Para tanto alugamos praticamente todo um hotel-pousada na localidade do Ribeirão da Ilha em Florianópolis. Uma região bastante pacata mas que com a chegada de nossa equipe, equipamentos, elenco e figuração virou de pernas para o ar. O encarregado do hotel quase endoidou com a gente: quartos inteiros desmontados e repintados, salas que se transformavam em ateliers, em velórios...

A equipe formou um belo grupo, na fotografia, na elétrica e máquina, nos figurinos e maquiagens, a turma da arte reproduziu um belíssimo atelier de escultura para o nosso personagem principal. Sem falar nas sepulturas cenográficas utilizadas nas externas/noturnas em pleno cemitério do Ribeirão.

Por falar em cemitério, teve um fato inusitado certo dia. Durante três dias filmamos à noite em meio aos mortos e suas sepulturas. Para facilitar o deslocamento do equipamento de luz, bastante importante nesse tipo de cena, o chefe-coveiro liberou a sala reservada aos velórios para guardar o material. Não é que o coveiro me liga um dia de manhã dizendo para esvaziar o espaço pois eles tinham um morto de verdade para velar e enterrar!

Vamos ao cinema prestigiar nossas produções. Dá um trabalho danado realizá-las.

Bom proveito com o nosso Doce de Coco!


Sílvia Beraldo (Compositora e Diretora Musical)
O filme me pegou pela alma por tratar do mais profundo com doçura e densidade, com leveza e humor. Criar a sua trilha sonora foi um trabalho instigante e prazeroso.


Fabiana Penna (Diretora de arte)
Cresci vendo meu pai (o Penna Filho!) rascunhando inúmeras versões do Doce.

Muitos anos depois concretizou-se o sonho de filmá-lo.

Daí aconteceu uma coisa linda: percebi que na verdade, mesmo tendo o roteiro premiado em mãos, eu conservava viva a memória de personagens e cenas das outras versões... tamanho primor da redação!! Não sei de qual eu gosto mais,mas,sem dúvida Doce de Coco me marcou muito com seu realismo fantástico,sua crítica mordaz mas muito bem humorada a respeito de todas as facetas de nossa sociedade.

Doce de Coco pra mim tem cheiro da comida da minha mãe,dos discursos do meu pai e das coisas nossas vividas em família.

E não é que fui responsável pela equipe de arte do filme?! Aprendi a dar asas á imaginação com poucos recursos, tempo limitadíssimo. Muito interessante a questão do filme parecer meio atemporal fazendo com que minha equipe e eu estudássemos as caracteristicas psicológicas dos personagens. E com estes estudos é que foi possível criar cenarios,pensar nos figurinos...

Doce de Coco é simples e profundo, leve e mordaz. A cara do Penna.

Apaixonante!



Adriano Barbuto (Diretora de fotografia)
Participar de Doce de Coco, de certa forma, lembrou parte de minha infância. Fartura, a fictícia e pequena cidade do filme, muito tem a ver com o interior onde nasci. Madalena vendendo roupas de porta em porta traz à minha memória os Yakults, os produtos da Avon que chegavam à minha casa através de vendedoras um pouco parecidas com ela.

Talvez o mundo tenha mudado um pouco em todos estes anos, mas certas coisas permanecem.

Fotografar o filme, e agora podê-lo compartilhar com o público numa sala de cinema, fecha o sonho de um garoto que ia semanalmente ao cinema da sua cidade imaginando os filmes que iria porventura fazer.

Tentei com a luz recriar estes ambientes simples, criando um clima adequado à dura comédia que se desenrola na tela.

Há, neste filme, ecos dos filmes dos anos setenta, das comédias populares presentes no cinema brasileiro de então.

Fotos















































Receita de doce de coco - o manjar


Ingredientes

- Uma caixa de "maria mole" de coco;
- Um pacote de 100 gramas de coco ralado sem açucar;
- Um vidro pequeno de leite de coco;
- Uma lata de 395 gramas de lei condensado; e
- Uma lata de 200 gramas de creme de leite.

Modo de fazer

1- Dissolver a "maria mole" em uma xícara de chá com água fervente. Deixar de lado até esfriar;
2- Colocar o coco num pirex de tamanho médio;
3- Umedecer o coco com o leite de coco. Deixar por 10 minutos;
4- Misturar o umedecido com leite condensado e o creme de leite
5- Despejar a "maria mole" (ver item 01) até formar um mingau grosso;
6 - Colocar na geladeira;
7- Pode ser servido após 2 horas.

Obs.: Calculado para 10 pessoas.